Pedidos para o Ano Novo
Roberto Moraes Pessanha
Professor do Cefet Campos
Email: moraes.rol@terra.com.br
Não há quem não pense alguns minutos, pelo menos, nos saltos dados e nas quedas sofridas a cada ano que se encerra. É normal olhar para trás, ao mesmo tempo em que se vislumbra o novo ano, com desejos de novos e otimistas saltos.
Bom renovar as esperanças com as quais vivemos e sem as quais a morte é certa. Elas não são orientadas pelo calendário, mas isto pouco importa nesta época de festas e comemorações.
Olhando nesta direção, este articulista não será original ao escrever ficticiamente ao novo ano com uma lista de desejos:
1) Melhor uso dos recursos públicos em políticas de inclusão e ascensão social; 2) Mais solidariedade e menos hipocrisia; 3) Menos consumo e mais repartição; 4) Mais empregos e menos agressão ao meio ambiente; 5) Menos empreguismo e mais planejamento; 6) Mais cultura e educação e menos doenças; 7) Menos dependência dos poderes constituídos; 8) Mais capacidade de discernimento; 9) Mais força e determinação nas lutas, mesmo diante da repetição das causas; 10) Menos imposições, mais debates e democracia; 11) Um tribunal de contas que faça prova dos nove e não conta de somar; 12) Mais vergonha na cara.
Poderíamos prosseguir, mas é bom ficar por aqui. Na falta da dúzia de desejos listados, que, pelo menos, o último da lista possa se transformar, mesmo que parcialmente, em realidade.
Infelizmente, já não somos mais inocentes para acreditar em promessas. Talvez aceitemos compromissos, mas mesmo estes precisam ter interlocutores confiáveis.
O ditado popular afiança: Ano Novo. Vida Nova! Realmente, uma pena que não sejamos mais crianças, onde os ditados da minha querida e saudosa avó Maroca, no almoço ou no bate-papo do café, tinham mais valor do que até as chamadas cláusulas pétreas da Constituição.
A maturidade, quando muito, ajuda a discernir melhor os ganhos e as perdas valorizando-as pela qualidade e não pela quantidade. Tem gente que diz que isso é conversa de quem teve mais quedas que saltos nesta contabilidade de final de ano. Pois eu lhe garanto: esse não foi o caso deste articulista. Mesmo assim, melhor planejar e pedir que o novo ano nos dê saúde, fé e disposição. E de lambuja, se não for pedir demais, pequenas escadas para saltar sobre as quedas que fazem parte da vida e tornam os saltos mais saborosos. Feliz 2008!
PS.: Publicado na Folha da Manhã em 28 de dezembro de 2007.
Professor do Cefet Campos
Email: moraes.rol@terra.com.br
Não há quem não pense alguns minutos, pelo menos, nos saltos dados e nas quedas sofridas a cada ano que se encerra. É normal olhar para trás, ao mesmo tempo em que se vislumbra o novo ano, com desejos de novos e otimistas saltos.
Bom renovar as esperanças com as quais vivemos e sem as quais a morte é certa. Elas não são orientadas pelo calendário, mas isto pouco importa nesta época de festas e comemorações.
Olhando nesta direção, este articulista não será original ao escrever ficticiamente ao novo ano com uma lista de desejos:
1) Melhor uso dos recursos públicos em políticas de inclusão e ascensão social; 2) Mais solidariedade e menos hipocrisia; 3) Menos consumo e mais repartição; 4) Mais empregos e menos agressão ao meio ambiente; 5) Menos empreguismo e mais planejamento; 6) Mais cultura e educação e menos doenças; 7) Menos dependência dos poderes constituídos; 8) Mais capacidade de discernimento; 9) Mais força e determinação nas lutas, mesmo diante da repetição das causas; 10) Menos imposições, mais debates e democracia; 11) Um tribunal de contas que faça prova dos nove e não conta de somar; 12) Mais vergonha na cara.
Poderíamos prosseguir, mas é bom ficar por aqui. Na falta da dúzia de desejos listados, que, pelo menos, o último da lista possa se transformar, mesmo que parcialmente, em realidade.
Infelizmente, já não somos mais inocentes para acreditar em promessas. Talvez aceitemos compromissos, mas mesmo estes precisam ter interlocutores confiáveis.
O ditado popular afiança: Ano Novo. Vida Nova! Realmente, uma pena que não sejamos mais crianças, onde os ditados da minha querida e saudosa avó Maroca, no almoço ou no bate-papo do café, tinham mais valor do que até as chamadas cláusulas pétreas da Constituição.
A maturidade, quando muito, ajuda a discernir melhor os ganhos e as perdas valorizando-as pela qualidade e não pela quantidade. Tem gente que diz que isso é conversa de quem teve mais quedas que saltos nesta contabilidade de final de ano. Pois eu lhe garanto: esse não foi o caso deste articulista. Mesmo assim, melhor planejar e pedir que o novo ano nos dê saúde, fé e disposição. E de lambuja, se não for pedir demais, pequenas escadas para saltar sobre as quedas que fazem parte da vida e tornam os saltos mais saborosos. Feliz 2008!
PS.: Publicado na Folha da Manhã em 28 de dezembro de 2007.
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