Era uma vez...
Roberto Moraes Pessanha
Professor do Cefet Campos
e-mail: moraes.rol@terra.com.br
Assim nossos avós e os ficcionistas começavam a contar suas histórias. Hoje, a maioria deles, já rebuscou os textos e a contação de causos. Os políticos rejeitam esta expressão de apoio para contar suas peripécias, mas igualmente a usam. Fazem isto, mas raramente conseguem avaliar e discernir seus momentos de baixa de popularidade diante dos eleitores. Sonham com inexistentes fórmulas novas e mágicas para tentarem se manter no apogeu da política.
A representação política é um encargo na vida do cidadão. Alguns não a consideram enquanto possibilidade pelo simples fato, de preferirem cuidar das suas vidas pessoais. Não se importa com os outros e considera a política, um mal não necessário. Por outro lado, há aqueles, que dando razão aos primeiros, vêem nela, a possibilidade de se locupletarem. Nem um nem outro têm razão, mesmo que a maioria de ambos, ou de apenas um, siga este caminho.
Quando o político começa a contar certa vez... seu apogeu já vai longe. Difícil de achar aqueles que entendem que o seu tempo está passando ou mesmo, já passou. O tempo passa mais rapidamente para uns que para outros. Os que começaram garotinho, ainda mais com apoio desta alcunha, mais cedo poderá encerrar seu período de prestígio, sem que seja necessário novo registro nominal no cartório eleitoral.
Era uma vez, em minha cidade um jovem radialista e poeta, que obcecado pelo público já fiel em seus programas matinais sonhou voar alto, no desejo de se tornar um destes representantes. A obstinação e a ousadia tornaram seu objetivo mais próximo. A descoberta do pragmatismo, na já poderosa máquina pública, viabilizou acessos e postos talvez, antes inimaginados.
Na caminhada não se fez de rogado quando sentiu necessidade de jogar para o acostamento, tantos quanto lhe questionassem práticas, formas e principalmente, o desejo de vôos autônomos.
Chegou longe, mas rapidamente retornou. Ainda não enxerga o fim, mas continua a colecionar ex-colaboradores e adeptos. Sabe que dois lados na política é prática tão velha quanto vento sul. Só não esperava perder a máquina, hoje engordada pelos royalties para com ela retomar, o sonho enterrado da presidência, entre diversos outros motivos, por uma greve de fome de poder.
Aspira novamente o mais alto posto na representação popular do estado. Não repetirá, cem anos depois, o conterrâneo Nilo Peçanha, mas já pensa nos netos e nas histórias... era uma vez!
Publicado na Folha da Manhã em 02-11-07.
Professor do Cefet Campos
e-mail: moraes.rol@terra.com.br
Assim nossos avós e os ficcionistas começavam a contar suas histórias. Hoje, a maioria deles, já rebuscou os textos e a contação de causos. Os políticos rejeitam esta expressão de apoio para contar suas peripécias, mas igualmente a usam. Fazem isto, mas raramente conseguem avaliar e discernir seus momentos de baixa de popularidade diante dos eleitores. Sonham com inexistentes fórmulas novas e mágicas para tentarem se manter no apogeu da política.
A representação política é um encargo na vida do cidadão. Alguns não a consideram enquanto possibilidade pelo simples fato, de preferirem cuidar das suas vidas pessoais. Não se importa com os outros e considera a política, um mal não necessário. Por outro lado, há aqueles, que dando razão aos primeiros, vêem nela, a possibilidade de se locupletarem. Nem um nem outro têm razão, mesmo que a maioria de ambos, ou de apenas um, siga este caminho.
Quando o político começa a contar certa vez... seu apogeu já vai longe. Difícil de achar aqueles que entendem que o seu tempo está passando ou mesmo, já passou. O tempo passa mais rapidamente para uns que para outros. Os que começaram garotinho, ainda mais com apoio desta alcunha, mais cedo poderá encerrar seu período de prestígio, sem que seja necessário novo registro nominal no cartório eleitoral.
Era uma vez, em minha cidade um jovem radialista e poeta, que obcecado pelo público já fiel em seus programas matinais sonhou voar alto, no desejo de se tornar um destes representantes. A obstinação e a ousadia tornaram seu objetivo mais próximo. A descoberta do pragmatismo, na já poderosa máquina pública, viabilizou acessos e postos talvez, antes inimaginados.
Na caminhada não se fez de rogado quando sentiu necessidade de jogar para o acostamento, tantos quanto lhe questionassem práticas, formas e principalmente, o desejo de vôos autônomos.
Chegou longe, mas rapidamente retornou. Ainda não enxerga o fim, mas continua a colecionar ex-colaboradores e adeptos. Sabe que dois lados na política é prática tão velha quanto vento sul. Só não esperava perder a máquina, hoje engordada pelos royalties para com ela retomar, o sonho enterrado da presidência, entre diversos outros motivos, por uma greve de fome de poder.
Aspira novamente o mais alto posto na representação popular do estado. Não repetirá, cem anos depois, o conterrâneo Nilo Peçanha, mas já pensa nos netos e nas histórias... era uma vez!
Publicado na Folha da Manhã em 02-11-07.
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