Oportunidades e ameaças pairam sobre o Açu
Roberto Moraes Pessanha
Professor do Cefet Campos
e-mail: moraes.rol@terra.com.br
Há um frisson sobre a repercussão que o Complexo Portuário do Açu poderá trazer para a nossa região. Os lançamentos de novos empreendimentos imobiliários, assim como os valores dos aluguéis na região estão ainda mais caros, do que já estava há seis meses atrás.
Não há dúvidas de que há gente interessada, na repercussão do que será efetivamente montado, na retroárea de 6,9 mil hectares que o grupo MMX conseguiu que a prefeitura de São João da Barra considerasse como área, de um distrito industrial no novo Plano Diretor do município.
Verdade que para o desenvolvimento regional, o porto é um investimento com capacidade de se sustentar na era pós-royalties. Além disso, um porto, na sociedade internacionalizada em que vivemos, com negócios intercontinentais crescentes, é uma janela para o mundo que permite levar e trazer oportunidades.
Melhor ainda, se à sua logística, for efetivamente estruturada, o eixo modal unindo o transporte marítimo, ferroviário, rodoviário e o aeroviário. Este último, quase ao lado do porto, terá o aeroporto que a Petrobras começará a construir neste início de ano. Com pista com capacidade de receber grandes aviões, ele substituirá o vizinho e já congestionado heliporto.
Mesmo preferindo investimentos de pequenos e médios portes, por ver neles, maior capacidade de geração de emprego e especialmente, menor impacto ambiental e maior aproveitamento da sociedade local, lembro, que nem de longe, um empreendimento de grande porte como este, tem capacidade de substituir, as receitas atuais dos royalties.
Verdade também, que este investimento de vulto trará para cá, milhares de pessoas, algumas inclusive aqui já estão trabalhando nas máquinas de terraplanagem e muitos outras virão demandando habitação, saneamento, educação e saúde que será disputada, com quem aqui já está excluído das oportunidades, seja por inépcia, falta de qualificação e/ou tutela eleitoral.
Se existir vontade de conciliar vantagens, aproveitar oportunidades, neutralizar ameaças e compensar impactos, os gestores públicos locais deveriam se integrar e traçar um plano de ação com metas, obrigações e responsabilidades. Fazer isso em meio à disputa eleitoral que se avizinha é um desafio a ser vencido. Fora disto teremos o desfecho conhecido: ganham os que sempre ganharam e perdem os que sempre perderam!
PS.: Publicado em 4 de janeiro de 2008 na Folha da Manhã.
Professor do Cefet Campos
e-mail: moraes.rol@terra.com.br
Há um frisson sobre a repercussão que o Complexo Portuário do Açu poderá trazer para a nossa região. Os lançamentos de novos empreendimentos imobiliários, assim como os valores dos aluguéis na região estão ainda mais caros, do que já estava há seis meses atrás.
Não há dúvidas de que há gente interessada, na repercussão do que será efetivamente montado, na retroárea de 6,9 mil hectares que o grupo MMX conseguiu que a prefeitura de São João da Barra considerasse como área, de um distrito industrial no novo Plano Diretor do município.
Verdade que para o desenvolvimento regional, o porto é um investimento com capacidade de se sustentar na era pós-royalties. Além disso, um porto, na sociedade internacionalizada em que vivemos, com negócios intercontinentais crescentes, é uma janela para o mundo que permite levar e trazer oportunidades.
Melhor ainda, se à sua logística, for efetivamente estruturada, o eixo modal unindo o transporte marítimo, ferroviário, rodoviário e o aeroviário. Este último, quase ao lado do porto, terá o aeroporto que a Petrobras começará a construir neste início de ano. Com pista com capacidade de receber grandes aviões, ele substituirá o vizinho e já congestionado heliporto.
Mesmo preferindo investimentos de pequenos e médios portes, por ver neles, maior capacidade de geração de emprego e especialmente, menor impacto ambiental e maior aproveitamento da sociedade local, lembro, que nem de longe, um empreendimento de grande porte como este, tem capacidade de substituir, as receitas atuais dos royalties.
Verdade também, que este investimento de vulto trará para cá, milhares de pessoas, algumas inclusive aqui já estão trabalhando nas máquinas de terraplanagem e muitos outras virão demandando habitação, saneamento, educação e saúde que será disputada, com quem aqui já está excluído das oportunidades, seja por inépcia, falta de qualificação e/ou tutela eleitoral.
Se existir vontade de conciliar vantagens, aproveitar oportunidades, neutralizar ameaças e compensar impactos, os gestores públicos locais deveriam se integrar e traçar um plano de ação com metas, obrigações e responsabilidades. Fazer isso em meio à disputa eleitoral que se avizinha é um desafio a ser vencido. Fora disto teremos o desfecho conhecido: ganham os que sempre ganharam e perdem os que sempre perderam!
PS.: Publicado em 4 de janeiro de 2008 na Folha da Manhã.
3 Comments:
Com certeza esse mega empreendimento irá gerar muitos empregos, eis a questão pra onde irão os peões que ali atuam hoje. que acredito eu que vai gerar um grande bolsão de pobreza aos arredores do quinto distrito de são joao da barra. Hoje já vejo os comentarios dos locais que ja estão empregado pela MMX largando o campo para ser peão de obra ou seja vejo tambem tamanha ilusão no pensamento dessas pessoas que nem mesmo sabem assinar seu proprio nome. Com tudo isso a hipotese de essa área se tornar uma area de de marginalidade e drogas e doenças está muito proximo de acontecer espero que o senhor Eike encontre ali tbm uma solução para este tipo de problema, e tambem a poluição já encontrada nos campos e açudes.
Oportunidades:comento em outra oportunidade...
Com certeza esse mega empreendimento irá gerar muitos empregos, eis a questão pra onde irão os peões que ali atuam hoje. que acredito eu que vai gerar um grande bolsão de pobreza aos arredores do quinto distrito de são joao da barra. Hoje já vejo os comentarios dos locais que ja estão empregado pela MMX largando o campo para ser peão de obra ou seja vejo tambem tamanha ilusão no pensamento dessas pessoas que nem mesmo sabem assinar seu proprio nome. Com tudo isso a hipotese de essa área se tornar uma area de de marginalidade e drogas e doenças está muito proximo de acontecer espero que o senhor Eike encontre ali tbm uma solução para este tipo de problema, e tambem a poluição já encontrada nos campos e açudes (impacto ambiental).
Oportunidades:comento em outra oportunidade...
coGostaria de saber de voce Roberto, alguma informaçao a respeito de fortes boatos( ou realidade) que estao acontencedo aqui no quinto e sexto distrito de Sao joao da Barra a respeito de desapropriaçao de 70% do municipio,as areas que seriam abrangidas praticamente nao sobraria nada do municipio alem das praias,a maioria sao pequenos produtores rurais que vivem da terra a anos,muitos nao sabem fazer nada alem disto.Gostaria de saber se existe esta lei que permite destruir varias familias,praticamente expulsa-las de seus lares para satisfazer a ganancias de alguns?creio qu minguem queira sair da sua oringem esquecer suas raizes,sua traquilidade de viver da terra,e todo seu esforço durante tanto tempo.
desde já muito obrigado pelo espaço,aguardo resposta
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