Emut - hora de abrir caminhos
Roberto Moraes Pessanha
Ex-diretor geral do Cefet Campos
e-mail: moraes.rol@terra.com.br
Ninguém pode negar que Ronaldo Linhares, presidente da Emut (Empresa Municipal de Transportes de Campos) é um técnico empolgado com sua cidade. Sempre teve desejo de ser o projetista de todas as obras públicas de Campos, não só na área de trânsito. Realizou algumas de suas idéias. Outras ficaram à margem, como propostas.
Está na função desde o início do segundo governo Garotinho em 1996. Toda a cidade sabe que ele se interessa e atua com determinação nos planos viários. Estes têm pontos positivos e negativos. Ele acertou quando estimulou as perimetrais que agora começam a sair do papel e se equivocou, quando concordou, que ruas de pedestres voltassem a ser aberta a carros.
Verdadeiramente, o presidente da Emut, nunca se interessou e nem teve autonomia, para atuar na área de transportes públicos coletivos que está nas mãos, do teoricamente subordinado diretor técnico, Jonas Mendes. Todos que fizeram e ainda fazem, questionamentos sobre esta área sempre ouviram de Linhares, que ali a questão era política. Jonas Mendes tem sido candidato a vereador em todas as eleições desde 1992 com votações medianas para ajudar a aumentar a bancada dos prefeitos eleitos. Com este cacife vem se mantendo onde está com uma autonomia inadmissível.
Diante do caos que se instalou na cidade com a queda, reforma e construção de pontes, o trânsito teve a sua velocidade de deterioração aumentada. O transporte público antes da invasão do chamado, transporte alternativo, inicialmente com as vans e hoje, com qualquer tipo de veículo, que já era crítico, ficou caótico. O aumento significativo do número de veículos licenciados na cidade e o uso do gás em veículos com maior tempo de uso, que antes só circulavam nos finais de semana, ampliaram o problema já enorme, pela péssima oferta de transporte público coletivo.
Diante de tal quadro, inovações e intervenções ousadas tornaram-se necessárias e vê-se que, mesmo com a boa vontade de Ronaldo, a estrutura deste setor municipal precisa ser mexida e alterada. Sou de opinião que, gestores de setores públicos, sejam elas, secretarias, empresas públicas ou mesmo diretorias, departamentos e setores precisam ser renovados de tempos em tempos. Onze anos é um período muito grande. Os desafios vão se tornando menores e a rotina vai corroendo a vontade de transformar, sentimento fundamental para quem opera a máquina pública, que por natureza, tende a ser lenta e pouco avessa às transformações.
A meu ver a questão não é de incompetência, talvez, até seja de incompatibilidade com a área. Linhares gosta de projetos e o setor de trânsito e transporte coletivo precisa disto, mas, especialmente hoje, necessita também de ação de operação e gestão corajosa e firme.
Acredito que após uma boa conversa com o prefeito, Ronaldo Linhares, possa ser aproveitado em outra área da gestão municipal. A partir daí, abre-se possibilidade de se fazer uma mudança total e completa no tráfego, plano viário e transportes públicos coletivos em Campos com a contratação de técnicos e consultorias especializadas para apresentar propostas de mudanças reais e substantivas que venham atender ao momento atual de emergência e contingência, mas também e especialmente, ao futuro a médio e longo prazos. Não há como melhorar o trânsito sem a existência de um transporte coletivo eficiente. Com este objetivo deve ser avaliada, a hipótese de municipalização temporária do setor, que após organização e normatização retornaria às empresas.
Ex-diretor geral do Cefet Campos
e-mail: moraes.rol@terra.com.br
Ninguém pode negar que Ronaldo Linhares, presidente da Emut (Empresa Municipal de Transportes de Campos) é um técnico empolgado com sua cidade. Sempre teve desejo de ser o projetista de todas as obras públicas de Campos, não só na área de trânsito. Realizou algumas de suas idéias. Outras ficaram à margem, como propostas.
Está na função desde o início do segundo governo Garotinho em 1996. Toda a cidade sabe que ele se interessa e atua com determinação nos planos viários. Estes têm pontos positivos e negativos. Ele acertou quando estimulou as perimetrais que agora começam a sair do papel e se equivocou, quando concordou, que ruas de pedestres voltassem a ser aberta a carros.
Verdadeiramente, o presidente da Emut, nunca se interessou e nem teve autonomia, para atuar na área de transportes públicos coletivos que está nas mãos, do teoricamente subordinado diretor técnico, Jonas Mendes. Todos que fizeram e ainda fazem, questionamentos sobre esta área sempre ouviram de Linhares, que ali a questão era política. Jonas Mendes tem sido candidato a vereador em todas as eleições desde 1992 com votações medianas para ajudar a aumentar a bancada dos prefeitos eleitos. Com este cacife vem se mantendo onde está com uma autonomia inadmissível.
Diante do caos que se instalou na cidade com a queda, reforma e construção de pontes, o trânsito teve a sua velocidade de deterioração aumentada. O transporte público antes da invasão do chamado, transporte alternativo, inicialmente com as vans e hoje, com qualquer tipo de veículo, que já era crítico, ficou caótico. O aumento significativo do número de veículos licenciados na cidade e o uso do gás em veículos com maior tempo de uso, que antes só circulavam nos finais de semana, ampliaram o problema já enorme, pela péssima oferta de transporte público coletivo.
Diante de tal quadro, inovações e intervenções ousadas tornaram-se necessárias e vê-se que, mesmo com a boa vontade de Ronaldo, a estrutura deste setor municipal precisa ser mexida e alterada. Sou de opinião que, gestores de setores públicos, sejam elas, secretarias, empresas públicas ou mesmo diretorias, departamentos e setores precisam ser renovados de tempos em tempos. Onze anos é um período muito grande. Os desafios vão se tornando menores e a rotina vai corroendo a vontade de transformar, sentimento fundamental para quem opera a máquina pública, que por natureza, tende a ser lenta e pouco avessa às transformações.
A meu ver a questão não é de incompetência, talvez, até seja de incompatibilidade com a área. Linhares gosta de projetos e o setor de trânsito e transporte coletivo precisa disto, mas, especialmente hoje, necessita também de ação de operação e gestão corajosa e firme.
Acredito que após uma boa conversa com o prefeito, Ronaldo Linhares, possa ser aproveitado em outra área da gestão municipal. A partir daí, abre-se possibilidade de se fazer uma mudança total e completa no tráfego, plano viário e transportes públicos coletivos em Campos com a contratação de técnicos e consultorias especializadas para apresentar propostas de mudanças reais e substantivas que venham atender ao momento atual de emergência e contingência, mas também e especialmente, ao futuro a médio e longo prazos. Não há como melhorar o trânsito sem a existência de um transporte coletivo eficiente. Com este objetivo deve ser avaliada, a hipótese de municipalização temporária do setor, que após organização e normatização retornaria às empresas.
O prefeito precisa agir. A cidade não suporta mais acomodações politiqueiras. Dinheiro não falta. Conhecimento e saber estão circulando pelas universidades e precisam chegar ao poder público. É preciso parar de ficar pensando apenas em eleição e agir com determinação e velocidade.
Publicado na Folha da Manhã em 11 de maio de 2007.
1 Comments:
Roberto. Não vejo, com todo respeito, ninguem, em nossa região, com capacidade e conhecimento para minimizar o caos em nosso transito. Sugiro, que contratem alguem, com experiencia comprovada, para reduzir o transtorno que virou o transito, urbano e interurbano em nossa Terra. Tive informações de que o Corredot Logistico do Complexo Portuario do Açú, não poderá ficar pronto até 2015. Isto posto, você que é Engenheiro, pode avaliar, o que vai ocorrer, não só com a nossa cidade, mas, tambem com nosso Entorno. Vamos buscar solução, se é que existe a curto e médio prazo. O Porto começa a operar a partir de 2012.
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