Golpe ou blefe de mestre?
Roberto Moraes Pessanha
Professor do Cefet Campos
e-mail: moraes.rol@terra.com.br
Ninguém em sã consciência e responsabilidade poderá afirmar tratar-se de um ou outro. Porém, ninguém pode negar que o governador Sérgio Cabral, quando aqui esteve para uma nova solenidade de inauguração da ponte estadual acabou saindo das cordas e indo para o meio do ringue, na luta contra a aliança entre Garotinho e César Maia, ao afirmar que renuncia ao mandato de governador para disputar a prefeitura do Rio de Janeiro, se tal aliança vingar.
Golpe ou blefe ninguém ainda poderá dizer, mas a jogada é de mestre. É possível apostar, que nem mesmo o soberbo alcaide carioca poderia esperar, por resposta tão ágil e em estilo xeque-mate como esta. Cabral apenas com este anúncio sinaliza para o presidente Lula, que em nome da boa relação e da lealdade ao presidente está disposto, a qualquer sacrifício, até largar o certo pelo duvidoso, com pouco mais de um ano de governo que teria, em abril do ano que vem, quando terá que renunciar, se pretender levar à cabo a idéia de tentar transformar o blefe em golpe.
O melhor da história é que, na verdade, ele não teria nenhum concorrente forte nesta disputa, o que tornaria o duvidoso, menos duvidoso, embora eleição, seja sempre eleição. Outro ponto positivo que teria neste “sacrifício” é que para muitos analistas é sempre melhor e mais fácil, ser prefeito da cidade maravilhosa, sem as incumbências incômodas da segurança das balas perdidas, do caveirão, etc. e de um orçamento estadual inadequado às demandas dos 92 municípios.
Um problema para Cabral é saber se conseguiria ter maioria no diretório municipal do PMDB, que lhe faltou na votação de segunda-feira, quando o diretório estadual, sob o comando de Garotinho, Picciani e companhia aprovou o acordo com César Maia.
Neste caso, o diretório estadual se pretender intervir no municipal, poderá receber o troco do diretório nacional, que parece disposto a manter a aliança com o PT e sonhar em indicar o candidato da aliança nacional com o PT à presidente da República. Sem trocadilho, quem deve estar rindo de orelha a orelha é o Pezão, o atual vice-governador.
E o alcaide e o ex-governador nisso? As regras do jogo da política ensina que o político deve a todo custo evitar, que o controle da situação saia das suas mãos para as do adversário. Num primeiro cenário, este parece ser, o atual quadro. A bola foi roubada no meio de campo por Cabral, enquanto Maia e Garotinho correm para a defesa. Há risco de gol? Só o tempo e o desenrolar da jogada poderão responder.
A partida ainda está no primeiro tempo, mas há gente comemorando na arquibancada. Para os torcedores que se espantaram com a virilidade da jogadas saibam que tudo isto será “café pequeno”, diante do que aponta o cenário das disputas pelas prefeituras da região.
Publicado na Folha da Manhã em 14 de setembro de 2007.
Professor do Cefet Campos
e-mail: moraes.rol@terra.com.br
Ninguém em sã consciência e responsabilidade poderá afirmar tratar-se de um ou outro. Porém, ninguém pode negar que o governador Sérgio Cabral, quando aqui esteve para uma nova solenidade de inauguração da ponte estadual acabou saindo das cordas e indo para o meio do ringue, na luta contra a aliança entre Garotinho e César Maia, ao afirmar que renuncia ao mandato de governador para disputar a prefeitura do Rio de Janeiro, se tal aliança vingar.
Golpe ou blefe ninguém ainda poderá dizer, mas a jogada é de mestre. É possível apostar, que nem mesmo o soberbo alcaide carioca poderia esperar, por resposta tão ágil e em estilo xeque-mate como esta. Cabral apenas com este anúncio sinaliza para o presidente Lula, que em nome da boa relação e da lealdade ao presidente está disposto, a qualquer sacrifício, até largar o certo pelo duvidoso, com pouco mais de um ano de governo que teria, em abril do ano que vem, quando terá que renunciar, se pretender levar à cabo a idéia de tentar transformar o blefe em golpe.
O melhor da história é que, na verdade, ele não teria nenhum concorrente forte nesta disputa, o que tornaria o duvidoso, menos duvidoso, embora eleição, seja sempre eleição. Outro ponto positivo que teria neste “sacrifício” é que para muitos analistas é sempre melhor e mais fácil, ser prefeito da cidade maravilhosa, sem as incumbências incômodas da segurança das balas perdidas, do caveirão, etc. e de um orçamento estadual inadequado às demandas dos 92 municípios.
Um problema para Cabral é saber se conseguiria ter maioria no diretório municipal do PMDB, que lhe faltou na votação de segunda-feira, quando o diretório estadual, sob o comando de Garotinho, Picciani e companhia aprovou o acordo com César Maia.
Neste caso, o diretório estadual se pretender intervir no municipal, poderá receber o troco do diretório nacional, que parece disposto a manter a aliança com o PT e sonhar em indicar o candidato da aliança nacional com o PT à presidente da República. Sem trocadilho, quem deve estar rindo de orelha a orelha é o Pezão, o atual vice-governador.
E o alcaide e o ex-governador nisso? As regras do jogo da política ensina que o político deve a todo custo evitar, que o controle da situação saia das suas mãos para as do adversário. Num primeiro cenário, este parece ser, o atual quadro. A bola foi roubada no meio de campo por Cabral, enquanto Maia e Garotinho correm para a defesa. Há risco de gol? Só o tempo e o desenrolar da jogada poderão responder.
A partida ainda está no primeiro tempo, mas há gente comemorando na arquibancada. Para os torcedores que se espantaram com a virilidade da jogadas saibam que tudo isto será “café pequeno”, diante do que aponta o cenário das disputas pelas prefeituras da região.
Publicado na Folha da Manhã em 14 de setembro de 2007.
1 Comments:
Golpe ou Blef de Mestre???
Te faço a mesma pergunta.
Ola Sr. Sergio Moraes.
Posto aqui meu comentario mesmo sabendo que o Sr. nào o deixará ir ao ar ,pois serào denuncias graves contra a RREFERIDA EMPRESA da qual eu espero que o Sr ainda sej a Diretor,,,pois eu comprei da empresa TAMANDARÉ e tambem da EMPRESA ORIENTAL ,sendo que as duas são de propriedade do SR. DOUGLAS RODRIGUES DE ALMEIDA ,,varios onibus urbanos ,sendo que os mesmo até hoje ,mais de dois anos ,nào me foram entregues os documentos ,devido as várias restriçoes que os veículos possuem ,sendo esta de nivel MUNICIPAL ,JUDICIAL E ATÉ MESMO NACIONAL ,pois tais veículos devem IPVA ,AÇOES TRABALHISTAS NÀO PAGAS (PENHORADOS),E MULTAS AMBIENTAIS E OUTRAS ,estou no aguardo dos documentos ou de outros veículos ,pois paguei e nào levei ,o proprietario das referidas empresas (TAMANDARÉ E ORIENTAL) ME DERAM UM BELO GOLPE ,alias deram em outros empresarios tambem ,os quais tenho os dados se preciso for,,inclusive fui ameaçado de Morte se retornase ao Rio novamente ,que era para mim ingulir o meu prejuízo e ficar quieto ,porem nào ficarei quieto nào ,ja estou ajuizando uma açao contra a empresa Tamandaré ,ja que fecharam a Oriental (mais um dos golpes dos proprietarios),e estarei tentando tambem penhorar algo da mesma ,se é que ela ainda exista ,depois ainda o sr vem com ironia se dizendo contra outros tipos de transportes alternativos,,,tenho varias placas de outro ONIBUS COM RESTRIÇOES ,os quais voces venderam a desmanches de varias regioes ,com a finalidade de nao pagar os debitos e penhoras sobre os mesmos ,estou no seu aguardo (16)92767447 ,pois eu postarei esta mensagem em outros Blogs Sites etc...
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