Ainda há tempo
Roberto Moraes Pessanha
Professor do Cefet Campos
e-mail: rmoraes@cefetcampos.br
Pode ser com trem, mas como vão dizer que estou ficando velho e repetitivo, informo que também pode ser feita com aqueles grandes ônibus articulados. Neste caso, não falo de integração entre cidades, mas, de transporte dentro da própria cidade.
Quando do entrevero desta nova ponte sobre o rio Paraíba do Sul em que, um grupo do qual fui participante ativo, se posicionou contra o local e a época para esta construção, ao pressentir que a força política tinha suplantado pelo seu poder, os argumentos não só técnicos, mas também jurídicos e já caminhava para viabilizar sua construção, que agora se aproxima do final, fiz de público, no CMMAU (Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo) uma proposta que dependeria de um acordo entre os poderes estadual e municipal.
Mesmo sendo aplaudida naquela plenária e depois repercutida por técnicos sérios, acabou abandonada. Pois agora, a relembro a idéia e volto a apresentá-la: por quê não aproveitar uma calha de uma das pistas e executar um projeto de veículos para transporte de passageiros do final da avenida Tancredo Neves, lá nas proximidades da lagoa do Vigário até o mercado?
Mais: por quê nestes dois pontos, não se constroem simples e eficientes estações que possam fazer a integração com os ônibus que hoje já circulam nestes pontos e que podem perfeitamente, tanto na margem esquerda quanto na direita do rio proporcionar uma significativa integração com bairros entre áreas ainda mais distantes e extremas da cidade como a baixada de um lado e a Codin, Eldorado e o Aeroporto de outro? A estação do mercado poderia perfeitamente ser feita na frente, ou mesmo, no terreno lateral ao apart-hotel do jardim de Alá.
Perceba que esta calha se situaria naquele que pode ser considerado o maior eixo de fluxo de habitantes do município. Estudos anteriores já apontaram saídas deste tipo. Ainda há tempo para planejar esta implantação, tão importante quanto, os estacionamentos agora previstos para a parte inferior do viaduto. (aproveito para pedir que não se esqueça dos jardins – chega de concreto!)
Executar este projeto é pensar no cidadão que não dispõe de carro de passeio para transporte, assim como no estímulo ao transporte coletivo em detrimento do veículo individual que já atazana o trânsito numa cidade, cujo número de veículos licenciados já passa dos cem mil e cresce a uma proporção de pelo menos 5% ao ano.
Por último, defendo que este transporte seja gratuito para o cidadão e bancado pelo poder público que na verdade ajudaria as empresas de transporte fazendo apenas a integração e evitando o trânsito de veículos leves na área central da cidade, que, aliás, sempre foi, a maior preocupação para os questionamentos sobre a localização da ponte. Melhor essa gratuidade que subsídios a empresas privadas. Lembro mais uma vez que esta interligação se daria entre duas das mais adensadas áreas da cidade. Ainda há tempo: calha para o transporte coletivo integrando os dois lados do Paraíba!
Publicado na Folha da Manhã em 14 de julho de 2006.
Professor do Cefet Campos
e-mail: rmoraes@cefetcampos.br
Pode ser com trem, mas como vão dizer que estou ficando velho e repetitivo, informo que também pode ser feita com aqueles grandes ônibus articulados. Neste caso, não falo de integração entre cidades, mas, de transporte dentro da própria cidade.
Quando do entrevero desta nova ponte sobre o rio Paraíba do Sul em que, um grupo do qual fui participante ativo, se posicionou contra o local e a época para esta construção, ao pressentir que a força política tinha suplantado pelo seu poder, os argumentos não só técnicos, mas também jurídicos e já caminhava para viabilizar sua construção, que agora se aproxima do final, fiz de público, no CMMAU (Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo) uma proposta que dependeria de um acordo entre os poderes estadual e municipal.
Mesmo sendo aplaudida naquela plenária e depois repercutida por técnicos sérios, acabou abandonada. Pois agora, a relembro a idéia e volto a apresentá-la: por quê não aproveitar uma calha de uma das pistas e executar um projeto de veículos para transporte de passageiros do final da avenida Tancredo Neves, lá nas proximidades da lagoa do Vigário até o mercado?
Mais: por quê nestes dois pontos, não se constroem simples e eficientes estações que possam fazer a integração com os ônibus que hoje já circulam nestes pontos e que podem perfeitamente, tanto na margem esquerda quanto na direita do rio proporcionar uma significativa integração com bairros entre áreas ainda mais distantes e extremas da cidade como a baixada de um lado e a Codin, Eldorado e o Aeroporto de outro? A estação do mercado poderia perfeitamente ser feita na frente, ou mesmo, no terreno lateral ao apart-hotel do jardim de Alá.
Perceba que esta calha se situaria naquele que pode ser considerado o maior eixo de fluxo de habitantes do município. Estudos anteriores já apontaram saídas deste tipo. Ainda há tempo para planejar esta implantação, tão importante quanto, os estacionamentos agora previstos para a parte inferior do viaduto. (aproveito para pedir que não se esqueça dos jardins – chega de concreto!)
Executar este projeto é pensar no cidadão que não dispõe de carro de passeio para transporte, assim como no estímulo ao transporte coletivo em detrimento do veículo individual que já atazana o trânsito numa cidade, cujo número de veículos licenciados já passa dos cem mil e cresce a uma proporção de pelo menos 5% ao ano.
Por último, defendo que este transporte seja gratuito para o cidadão e bancado pelo poder público que na verdade ajudaria as empresas de transporte fazendo apenas a integração e evitando o trânsito de veículos leves na área central da cidade, que, aliás, sempre foi, a maior preocupação para os questionamentos sobre a localização da ponte. Melhor essa gratuidade que subsídios a empresas privadas. Lembro mais uma vez que esta interligação se daria entre duas das mais adensadas áreas da cidade. Ainda há tempo: calha para o transporte coletivo integrando os dois lados do Paraíba!
Publicado na Folha da Manhã em 14 de julho de 2006.
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