Adensamento e verticalização da Pelinca II
Adensamento e verticalização da Pelinca II
A repercussão me estimulou a prosseguir no tema da semana passada. Desta vez trago dados de uma pesquisa, ainda não concluída, sobre a evolução da área ao entorno da avenida Pelinca no quadrilátero que tem como limites a avenida 28 de março, a rua Formosa (prefiro esta denominação à oficial) e a rua Lacerda Sobrinho. Este quadrilátero dividido em dez setores, os mesmos utilizados pelo censo de 2000 do IBGE, mede aproximadamente 1,5 Km² e abrange quatro bairros: Centro, Parque Dom Bosco, Parque Tamandaré e Parque Avenida Pelinca.
A expansão imobiliária e comercial desta região pode ser medida pela presença de três shoppings em funcionamento e outro em fase final de construção, o shopping Avenida. Este empreendimento está localizado na Avenida 28 de Março entre as ruas Cornélio Bastos Voluntários da Pátria ocupando grande parte de um quarteirão. Possui três andares e foi projetado para 144 pontos comerciais. Mesmo antes do seu funcionamento já é possível vislumbrar um novo corredor comercial que paulatinamente está se formando, ligando este shopping, aos dois outros shoppings Parquecentro e Pelinca Square através das ruas Voluntários da Pátria e Manuel Teodoro.
A região possui quatro hospitais (Santa Casa, Plantadores de Cana, Pronto-Cárdio e Álvaro Alvim) e dois próximos a seu limite, Dr. Beda e Pró-Clínica, assim como diversas clínicas, consultórios médicos e laboratórios. Quatro universidades (UFF, Estácio de Sá, Cefet e Universo) mais outras duas próximas a este quadrilátero, o Isecensa e a Ucam. O censo do IBGE de 2000 identificou na região 3.207 domicílios e 9.751 moradores que hoje se estima em 10% a mais. A pesquisa de campo indicou ainda a presença de 85 prédios com três ou mais andares, sendo 6 recém-construídos, mais 16 atualmente em construção, 18 terrenos vagos e 714 pontos comerciais.
Por tudo isso, é possível identificar a necessidade do poder público urgentemente regular a ocupação desta área. Ao contrário do que se imagina, a regulação visa garantir que a região não se deteriore levando consigo a qualidade de vida e a valorização dos imóveis, que alguns imaginam que vá continuar a subir sem limites. A garantia da valorização dos imóveis está diretamente relacionada às condições de vida na área. Além disso, há que se garantir a todos os campistas e não só aos moradores da região, o direito de usufruir os serviços e o lazer que a região hoje oferece. O crescimento sem limites e sem regulação deteriorará em breve a gostosa Pelinca dos campistas!
Roberto Moraes Pessanha
Presidente ONG Cidade 21
Publicado em 02 de setembro de 2005
A repercussão me estimulou a prosseguir no tema da semana passada. Desta vez trago dados de uma pesquisa, ainda não concluída, sobre a evolução da área ao entorno da avenida Pelinca no quadrilátero que tem como limites a avenida 28 de março, a rua Formosa (prefiro esta denominação à oficial) e a rua Lacerda Sobrinho. Este quadrilátero dividido em dez setores, os mesmos utilizados pelo censo de 2000 do IBGE, mede aproximadamente 1,5 Km² e abrange quatro bairros: Centro, Parque Dom Bosco, Parque Tamandaré e Parque Avenida Pelinca.
A expansão imobiliária e comercial desta região pode ser medida pela presença de três shoppings em funcionamento e outro em fase final de construção, o shopping Avenida. Este empreendimento está localizado na Avenida 28 de Março entre as ruas Cornélio Bastos Voluntários da Pátria ocupando grande parte de um quarteirão. Possui três andares e foi projetado para 144 pontos comerciais. Mesmo antes do seu funcionamento já é possível vislumbrar um novo corredor comercial que paulatinamente está se formando, ligando este shopping, aos dois outros shoppings Parquecentro e Pelinca Square através das ruas Voluntários da Pátria e Manuel Teodoro.
A região possui quatro hospitais (Santa Casa, Plantadores de Cana, Pronto-Cárdio e Álvaro Alvim) e dois próximos a seu limite, Dr. Beda e Pró-Clínica, assim como diversas clínicas, consultórios médicos e laboratórios. Quatro universidades (UFF, Estácio de Sá, Cefet e Universo) mais outras duas próximas a este quadrilátero, o Isecensa e a Ucam. O censo do IBGE de 2000 identificou na região 3.207 domicílios e 9.751 moradores que hoje se estima em 10% a mais. A pesquisa de campo indicou ainda a presença de 85 prédios com três ou mais andares, sendo 6 recém-construídos, mais 16 atualmente em construção, 18 terrenos vagos e 714 pontos comerciais.
Por tudo isso, é possível identificar a necessidade do poder público urgentemente regular a ocupação desta área. Ao contrário do que se imagina, a regulação visa garantir que a região não se deteriore levando consigo a qualidade de vida e a valorização dos imóveis, que alguns imaginam que vá continuar a subir sem limites. A garantia da valorização dos imóveis está diretamente relacionada às condições de vida na área. Além disso, há que se garantir a todos os campistas e não só aos moradores da região, o direito de usufruir os serviços e o lazer que a região hoje oferece. O crescimento sem limites e sem regulação deteriorará em breve a gostosa Pelinca dos campistas!
Roberto Moraes Pessanha
Presidente ONG Cidade 21
Publicado em 02 de setembro de 2005
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