Visite nossa cidade!
Nasci no Hospital da Beneficência Portuguesa e morei até os quatro anos na rua do Ouvidor no centro da cidade. Não é boa a lembrança de criança trancada em casa localizada em rua movimentada. Até ir trabalhar e estudar fora da cidade, morei, joguei futebol, soltei pipa, aprendi sobre amizade e valores que a vida tem vindo me cobrar, na rua Augusto Bessa, no bairro do Turfe.
A cidade, seus bairros e seu povo deixam marcas profundas em nós. Reclamo que meus filhos não tenham tido a oportunidade de subir em árvores, limpar os terrenos da vizinhança para um novo campo de futebol, caçar passarinho (sem interesse em acertá-lo), pegar cana no canavial de Cardosinho (onde hoje é o atual bairro do Flamboyant) ... aprender a andar de bicicleta com as pernas enfiadas por dentro do quadro, para compensar a falta de altura para alcançar os pedais é lembrança nostálgica que estampa sorriso natural nos lábios.
Sou paradoxo. Gosto do silêncio, da reclusão, da leitura, da reflexão, mas, aprecio o burburinho dos bairros, a conversa da esquina, o bate-papo da vendinha e do boteco. Marcas da infância? Pode ser que sim, pode ser que não...
Hoje raramente uso ônibus, mas, não posso me esquecer deles. Nos primeiros anos da década de setenta, usava o veículo da Viação Pública, depois CTC, linha Centro-Usina Santo Antônio para chegar a então Escola Técnica Federal. A avenida 28 de março era chamada na época de “Passeio Público”. Ônibus lotados, horários atrasados... e caminhada pela Pelinca até à escola.
Esta breve exposição pública de minhas lembranças mais pessoais tem a simples função de chamar a atenção para a importância de se valorizar a auto-estima de uma cidade. Nada florescerá sem este resgate. Tenho me aprofundado nestas questões não mais pelos estudos, estatísticas, ou planos de desenvolvimento urbano para o município, mas, pelo conhecimento real das esquinas, quadras, bairros e distritos de nossa cidade.
A necessidade da retomada da atividade física me permitiu, num misto de lazer, esporte e pesquisa de campo, revisitar a cidade das bicicletas através deste veículo. Parte do material desta atividade tenho exposto em meu blog (http://robertomoraes.blogspot.com). Outra parte me tem servido do deleite de sorver as lembranças mais gostosas do passado de morador de bairro, até então periférico. Se porventura, consegui fazer você também retornar no pensamento as imagens do seu passado, aconselho-o(a) fazer o mesmo. Pegue também uma bicicleta e visite nossa cidade!
Roberto Moraes Pessanha
Presidente ONG Cidade 21
e-mail: rmoraes@cefetcampos.br
A cidade, seus bairros e seu povo deixam marcas profundas em nós. Reclamo que meus filhos não tenham tido a oportunidade de subir em árvores, limpar os terrenos da vizinhança para um novo campo de futebol, caçar passarinho (sem interesse em acertá-lo), pegar cana no canavial de Cardosinho (onde hoje é o atual bairro do Flamboyant) ... aprender a andar de bicicleta com as pernas enfiadas por dentro do quadro, para compensar a falta de altura para alcançar os pedais é lembrança nostálgica que estampa sorriso natural nos lábios.
Sou paradoxo. Gosto do silêncio, da reclusão, da leitura, da reflexão, mas, aprecio o burburinho dos bairros, a conversa da esquina, o bate-papo da vendinha e do boteco. Marcas da infância? Pode ser que sim, pode ser que não...
Hoje raramente uso ônibus, mas, não posso me esquecer deles. Nos primeiros anos da década de setenta, usava o veículo da Viação Pública, depois CTC, linha Centro-Usina Santo Antônio para chegar a então Escola Técnica Federal. A avenida 28 de março era chamada na época de “Passeio Público”. Ônibus lotados, horários atrasados... e caminhada pela Pelinca até à escola.
Esta breve exposição pública de minhas lembranças mais pessoais tem a simples função de chamar a atenção para a importância de se valorizar a auto-estima de uma cidade. Nada florescerá sem este resgate. Tenho me aprofundado nestas questões não mais pelos estudos, estatísticas, ou planos de desenvolvimento urbano para o município, mas, pelo conhecimento real das esquinas, quadras, bairros e distritos de nossa cidade.
A necessidade da retomada da atividade física me permitiu, num misto de lazer, esporte e pesquisa de campo, revisitar a cidade das bicicletas através deste veículo. Parte do material desta atividade tenho exposto em meu blog (http://robertomoraes.blogspot.com). Outra parte me tem servido do deleite de sorver as lembranças mais gostosas do passado de morador de bairro, até então periférico. Se porventura, consegui fazer você também retornar no pensamento as imagens do seu passado, aconselho-o(a) fazer o mesmo. Pegue também uma bicicleta e visite nossa cidade!
Roberto Moraes Pessanha
Presidente ONG Cidade 21
e-mail: rmoraes@cefetcampos.br
Publicado em 23 de maio de 2005.
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