Centro de Convenções: sim, mas não a qualquer custo!
Roberto Moraes Pessanha
Professor do Cefet Campos
e-mail: moraes@fmanha.com.br
Eu corroboro com a idéia da nossa cidade ter um Centro de Convenções à sua altura como foi solicitado por diversas entidades ao prefeito Mocaiber. Há dois meses, a imprensa informou sobre as negociações, que estariam sendo desenvolvidas, entre os proprietários do imóvel do ex-hipermercado na estrada do Contorno e secretários, técnicos e advogados da prefeitura.
Na época, não se especulou sobre preços e sim, sobre a oportunidade do aproveitamento de um imóvel já construído, que assim teria que ser apenas adaptado. Falo apenas, mas ele pode e deve ser entendido também, como bastante reformado e ajustado, às novas necessidades.
Espero que no processo de desapropriação e de negociação, o interesse público, realmente se faça presente, a favor do desenvolvimento do município. Sendo assim, não se pode deixar de considerar, a conclusão do centro de convenções junto à Uenf, que tem previsão de conclusão, em fevereiro do ano que vem. Após, caso haja realmente, a necessidade de se ter mais um espaço para feiras, convenções e outros eventos, há que se avaliar o valor do total a ser desembolsado com o investimento, unindo os custos com a desapropriação e as obras de reformas e adaptações.
É ponto pacífico a necessidade de um Centro de Convenções amplo e flexível para diferentes tipos de eventos, mas, se já esperamos até aqui, podemos esperar um pouco mais. Se for o caso, área vizinha ao estabelecimento em questão, não falta para ser desapropriada e construída.
Por isso, insisto na avaliação do valor da aquisição e do custo da sua adaptação, pela municipalidade. Não se pode despender dinheiro para além do que seria razoável para um negócio que pode não ter, muitas outras, alternativas, de utilização e cujo custo possa ser coberto por outra solução. Além disso, o atual proprietário não terá, no curto prazo, solução de mercado razoável e com recursos à vista para superar a uma que seja feito pela prefeitura.
Em meu blog, no dia 31 de julho, eu já havia chamado a atenção, sobre os custos, que investimentos similares tiveram: Macaé construiu o seu espaço, em 2003, num tempo recorde de 128 dias, a um custo de R$ 20 milhões. O município do Rio está construindo um novo centro de convenções, como alternativa ao Riocentro, junto à sede da prefeitura, na presidente Vargas, no centro da cidade, com área de 42 mil m², dois pavimentos, dois mezaninos, garagem subterrânea com 370 vagas e um edifício tombado de três andares onde gastará a quantia de: R$ 28,7 milhões, de um custo total de RS 46,7 milhões, cuja diferença está sendo bancada por parceiros privados.
Este artigo tem a simples pretensão de auxiliar, as autoridades e os representantes da sociedade, para uma tomada de decisão mais sustentável, sobre o uso dos recursos públicos, que como tal tem que ser entendido, como sendo de todos e não como sendo de alguém ou de ninguém.
PS.: Uma boa medida, a decisão pela criação do Parque Ecológico ou Parque da Cidade, em área do Queimado. Na 1ª e 2ª Conferências da cidade de Campos, em 2003 e 2005, tal proposta já havia sido aprovada, com a indicação inicial, pela área situada, atrás do ex-hipermercado, já citado. Porém, esta nova opção, também atende à demanda atual, tanto de atenuação do impacto sobre o ar atmosférico oriundo do adensamento populacional e da poluição gerada pelos automóveis, como de espaço para o lazer e para a contemplação na cidade. Também neste caso, há que se avaliar bem, o valor a ser pago, pela desapropriação da referida área. E que ao final, o bom-senso prevaleça!
Publicado na Folha da Manhã em 17 de novembro de 2006
Professor do Cefet Campos
e-mail: moraes@fmanha.com.br
Eu corroboro com a idéia da nossa cidade ter um Centro de Convenções à sua altura como foi solicitado por diversas entidades ao prefeito Mocaiber. Há dois meses, a imprensa informou sobre as negociações, que estariam sendo desenvolvidas, entre os proprietários do imóvel do ex-hipermercado na estrada do Contorno e secretários, técnicos e advogados da prefeitura.
Na época, não se especulou sobre preços e sim, sobre a oportunidade do aproveitamento de um imóvel já construído, que assim teria que ser apenas adaptado. Falo apenas, mas ele pode e deve ser entendido também, como bastante reformado e ajustado, às novas necessidades.
Espero que no processo de desapropriação e de negociação, o interesse público, realmente se faça presente, a favor do desenvolvimento do município. Sendo assim, não se pode deixar de considerar, a conclusão do centro de convenções junto à Uenf, que tem previsão de conclusão, em fevereiro do ano que vem. Após, caso haja realmente, a necessidade de se ter mais um espaço para feiras, convenções e outros eventos, há que se avaliar o valor do total a ser desembolsado com o investimento, unindo os custos com a desapropriação e as obras de reformas e adaptações.
É ponto pacífico a necessidade de um Centro de Convenções amplo e flexível para diferentes tipos de eventos, mas, se já esperamos até aqui, podemos esperar um pouco mais. Se for o caso, área vizinha ao estabelecimento em questão, não falta para ser desapropriada e construída.
Por isso, insisto na avaliação do valor da aquisição e do custo da sua adaptação, pela municipalidade. Não se pode despender dinheiro para além do que seria razoável para um negócio que pode não ter, muitas outras, alternativas, de utilização e cujo custo possa ser coberto por outra solução. Além disso, o atual proprietário não terá, no curto prazo, solução de mercado razoável e com recursos à vista para superar a uma que seja feito pela prefeitura.
Em meu blog, no dia 31 de julho, eu já havia chamado a atenção, sobre os custos, que investimentos similares tiveram: Macaé construiu o seu espaço, em 2003, num tempo recorde de 128 dias, a um custo de R$ 20 milhões. O município do Rio está construindo um novo centro de convenções, como alternativa ao Riocentro, junto à sede da prefeitura, na presidente Vargas, no centro da cidade, com área de 42 mil m², dois pavimentos, dois mezaninos, garagem subterrânea com 370 vagas e um edifício tombado de três andares onde gastará a quantia de: R$ 28,7 milhões, de um custo total de RS 46,7 milhões, cuja diferença está sendo bancada por parceiros privados.
Este artigo tem a simples pretensão de auxiliar, as autoridades e os representantes da sociedade, para uma tomada de decisão mais sustentável, sobre o uso dos recursos públicos, que como tal tem que ser entendido, como sendo de todos e não como sendo de alguém ou de ninguém.
PS.: Uma boa medida, a decisão pela criação do Parque Ecológico ou Parque da Cidade, em área do Queimado. Na 1ª e 2ª Conferências da cidade de Campos, em 2003 e 2005, tal proposta já havia sido aprovada, com a indicação inicial, pela área situada, atrás do ex-hipermercado, já citado. Porém, esta nova opção, também atende à demanda atual, tanto de atenuação do impacto sobre o ar atmosférico oriundo do adensamento populacional e da poluição gerada pelos automóveis, como de espaço para o lazer e para a contemplação na cidade. Também neste caso, há que se avaliar bem, o valor a ser pago, pela desapropriação da referida área. E que ao final, o bom-senso prevaleça!
Publicado na Folha da Manhã em 17 de novembro de 2006
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